GRASP: Entenda O Padrão Variações Protegidas De Forma Simples

Olá, pessoal! Vamos mergulhar no mundo do desenvolvimento de software e entender um dos princípios mais importantes do GRASP (General Responsibility Assignment Software Patterns): o Padrão Variações Protegidas. Mas, relaxa, não precisa ser nenhum gênio da computação para sacar a ideia. A gente vai descomplicar tudo, beleza? Se você está começando ou já manja dos paranauês da programação, este artigo vai te dar aquele up no conhecimento.

O Que é o Padrão Variações Protegidas?

Basicamente, o Padrão Variações Protegidas é uma estratégia para blindar o seu código contra mudanças. Imagina que você tem um sistema que precisa lidar com diferentes tipos de pagamento: cartão de crédito, boleto, Pix, sei lá. Se você não usar um padrão como o Variações Protegidas, cada vez que surgir uma nova forma de pagamento, você vai ter que mexer em várias partes do seu código, correndo o risco de quebrar algo que já estava funcionando. A ideia principal aqui é isolar as partes do seu sistema que mudam com frequência das partes que são mais estáveis. Isso facilita muito a manutenção e evita dores de cabeça.

Em outras palavras, o objetivo do Padrão Variações Protegidas é minimizar o impacto das mudanças no seu sistema. Em vez de espalhar a lógica de diferentes implementações por todo o código, você agrupa as variações em componentes específicos. Assim, quando precisar adicionar ou modificar algo, você só precisa alterar um único componente, sem afetar o resto do sistema. É como ter um escudo para proteger seu código das constantes mudanças que acontecem no mundo da tecnologia.

Como Funciona na Prática?

Para aplicar o Padrão Variações Protegidas, você geralmente utiliza técnicas como:

• Interfaces ou Classes Abstratas: Definem um contrato (um conjunto de métodos) que as diferentes variações devem implementar. Isso garante que todas as variações tenham a mesma estrutura básica, facilitando a troca e a adição de novas variações.
• Herança: Permite que as variações herdem as características comuns de uma classe base, reduzindo a duplicação de código.
• Polimorfismo: Permite que você trate diferentes variações de forma uniforme, usando a mesma interface ou classe abstrata. Isso simplifica o código e facilita a troca de variações em tempo de execução.

Benefícios do Padrão Variações Protegidas

• Facilidade de Manutenção: As mudanças são isoladas em componentes específicos, o que simplifica a correção de bugs e a adição de novos recursos.
• Flexibilidade: O sistema se torna mais adaptável às mudanças, pois novas variações podem ser adicionadas sem afetar o resto do código.
• Reusabilidade: As variações podem ser reutilizadas em diferentes partes do sistema ou em outros projetos.
• Redução de Riscos: Diminui a probabilidade de erros, pois as mudanças são controladas e afetam apenas um componente específico.

Respondendo à Questão

Agora que a gente já sabe o que é o Padrão Variações Protegidas, vamos voltar à sua pergunta. A alternativa correta é aquela que descreve a essência do padrão. Vamos analisar as opções:

• A) O padrão Variações Protegidas sugere proteger o sistema de variações concentrando a lógica dessas variações em um módulo controlador. Essa afirmação é incorreta. O padrão não concentra a lógica em um único controlador. Em vez disso, ele foca em isolar as variações em componentes específicos, utilizando interfaces ou classes abstratas.
• B) O padrão Variações Protegidas incentiva o uso de classes concretas para lidar com as variações, evitando o uso de interfaces. Essa afirmação também é incorreta. O padrão Variações Protegidas incentiva o uso de interfaces ou classes abstratas para definir um contrato para as variações. Isso permite que diferentes implementações sejam trocadas sem afetar o resto do sistema.
• C) O padrão Variações Protegidas visa aumentar a dependência entre as classes do sistema, tornando-o mais rígido. Essa afirmação é incorreta. O padrão Variações Protegidas visa diminuir a dependência entre as classes do sistema, promovendo o baixo acoplamento e a alta coesão.
• D) O padrão Variações Protegidas propõe proteger o sistema contra as variações, isolando-as, de modo que as mudanças em uma variação não afetem outras. Essa afirmação é a correta! Ela descreve a essência do padrão: isolar as variações para que as mudanças em uma não impactem outras partes do sistema. É o que a gente falou sobre ter um escudo.

Exemplos Práticos do Padrão Variações Protegidas

Para ficar mais claro, vamos ver alguns exemplos de como o Padrão Variações Protegidas pode ser aplicado:

Processamento de Pagamentos

Imagine um sistema de e-commerce que aceita diversas formas de pagamento: cartão de crédito, boleto bancário, PayPal, etc. Sem o Padrão Variações Protegidas, cada nova forma de pagamento exigiria modificações em várias partes do código. Com o padrão, você pode criar uma interface Pagamento com um método processarPagamento(). Cada forma de pagamento (cartão de crédito, boleto, etc.) implementaria essa interface, fornecendo sua própria lógica de processamento.

Assim, se você precisar adicionar uma nova forma de pagamento, basta criar uma nova classe que implemente a interface Pagamento, sem alterar o código existente que gerencia o fluxo geral do pagamento. O sistema fica mais flexível e fácil de manter.

Envio de Notificações

Outro exemplo é o envio de notificações. Um sistema pode enviar notificações por e-mail, SMS, push notifications, etc. Sem o Padrão Variações Protegidas, cada novo canal de notificação exigiria alterações no código que gerencia o envio de notificações. Com o padrão, você pode criar uma interface Notificacao com um método enviarNotificacao(). Cada canal de notificação (e-mail, SMS, etc.) implementaria essa interface, fornecendo sua própria lógica de envio.

Se precisar adicionar um novo canal de notificação, basta criar uma nova classe que implemente a interface Notificacao, sem modificar o código existente que gerencia o envio de notificações. Isso torna o sistema mais adaptável e fácil de escalar.

Tratamento de Dados

Em um sistema que lida com diferentes formatos de dados (JSON, XML, CSV, etc.), o Padrão Variações Protegidas pode ser usado para isolar a lógica de tratamento de cada formato. Você pode criar uma interface LeitorDeDados com um método lerDados(). Cada formato de dados (JSON, XML, CSV) implementaria essa interface, fornecendo sua própria lógica de leitura. Isso permite que você adicione ou remova formatos de dados sem afetar o código que utiliza os dados lidos.

Conclusão

Então, pessoal, o Padrão Variações Protegidas é uma ferramenta poderosa para criar sistemas de software mais flexíveis, fáceis de manter e adaptáveis a mudanças. Ao isolar as variações em componentes específicos, você reduz o impacto das mudanças no sistema, simplifica a manutenção e aumenta a reutilização do código. Espero que este artigo tenha ajudado você a entender o conceito e a aplicá-lo em seus projetos! Se tiver alguma dúvida, pode deixar nos comentários. 😉